Produtores rurais de Mimoso do Sul sofrem impactos da cobrança de pedágio na BR-101![]() A cobrança de pedágio pela Eco 101, concessionária que administra a BR-101, tem provocado transtornos, talvez irreversíveis, para pequenos produtores rurais de Mimoso do Sul, no sul do Estado. Apesar de inúmeras reuniões e pedidos, os produtores não tiveram isenção no pedágio. A distância entre as propriedades rurais e as residências dos agricultores é de cerca de 500 metros, mas há uma praça de pedágio no meio do caminho, com cobrança de R$ 1,60 em cada sentido. Os pequenos agricultores não tiveram isenção de pedágio concedida pela concessionária e passam diversas vezes por dia pelo local, tendo de arcar com os gastos. Segundo Carlos, há produtores rurais que passam pelo pedágio de quatro a cinco vezes por dia. Na região há quatro assentamentos, que reúnem mais de 350 famílias que vivem da agricultura e dependem do escoamento das produções das pequenas propriedades. Além de pagarem o pedágio de Mimoso do Sul, os produtores ainda pagam os de outras praças quando escoam a produção. Apesar de já ter sido feita reuniões entre os produtores rurais e representantes da Eco101, nenhuma isenção foi concedida aos agricultores. Eles podem ter que repassar aos consumidores o aumento nos gastos da produção dos produtos agrícolas. Na região sul, além da praça de pedágio em Mimoso do Sul, há a praça de Itapemirim, com tarifa de R$ 3 em cada sentido. Esta cobrança também está sendo contestada por moradores de Rio Novo do Sul. Com aproximadamente 12 mil habitantes, o município está a 24 quilômetros de Cachoeiro de Itapemirim, que faz parte do dia a dia da maioria dos moradores de Rio Novo do Sul, que estudam e trabalham na cidade polo. Duplicação Mesmo antes do início da duplicação do trecho da BR-101 no Estado, o pedágio começou a ser cobrado. O início da duplicação acontece somente no início de 2015 e a concessionária alega que, em até cinco anos, metade do trecho esteja duplicado. No entanto, veículos pesados que trafegam pela via constituem um desafio à manutenção da rodovia. Enquanto no norte do Estado, as carretas carregadas com eucaliptos são responsáveis pelas mais graves tragédias que ocorrem na BR-101, no sul, são as carretas com blocos de granito que colocam em risco as vidas dos motoristas que utilizam a rodovia. Além do transporte legalizado das pedras extraídas no sul do Estado, também há o transporte ilegal de pedras, ou com peso acima do permitido na legislação. A duplicação da via, extremamente sinuosa no sul do Estado, pode reduzir o número de acidente provocado por carretas. Já no norte, as carretas carregadas de toras de eucalipto, que fazem o caminho entre a fábrica da Aracruz (atual Fibria) e o sul da Bahia são grandes responsáveis pela tensão na BR-101. Cada carreta mede 30 metros, o equivalente a um prédio de 12 andares, e pesa entre 110 e 120 toneladas. Além disso, os veículos trafegam em alta velocidade em pista simples e, em determinado ponto da rodovia, se encontram. É comum para quem trafega pela BR-101 se deparar com três carretas de 30 metros trafegando em um mesmo sentido, umas atrás as outras, sendo quase impossível para motoristas de outros veículos realizar a ultrapassagem. |
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