Da Redação — A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou nesta terça-feira (9) um novo aumento nas tarifas de energia do estado. As novas cobranças começam a valer no dia 13 de dezembro e vão impactar todos os tipos de consumidores: para moradias, o reajuste será de 14,64%; já comércios e indústrias enfrentarão alta de 18,49%.
Segundo o órgão regulador, a elevação é resultado da combinação de vários custos que pesam sobre o setor elétrico. Entre eles, estão os valores de compra e transmissão de energia, as despesas de distribuição e os encargos setoriais — montantes destinados ao financiamento de políticas públicas. Também entraram no cálculo ajustes financeiros de anos anteriores, previstos nos contratos das distribuidoras.
Entenda como o reajuste é definido
As tarifas de energia não são fixas: elas passam por revisões periódicas que avaliam os custos das empresas e a qualidade do serviço. Esse processo pode ocorrer de duas formas:
- Revisão Tarifária Periódica (RTP): mais ampla, é feita a cada quatro ou cinco anos. Nela, a Aneel reavalia toda a estrutura de custos da distribuidora, estabelece metas de desempenho e define o chamado Fator X, que obriga a empresa a repassar parte dos ganhos de eficiência ao consumidor.
- Reajuste Tarifário Anual (RTA): aplicado nos anos em que não há RTP, corrige a tarifa com base na inflação (IPCA ou IGP-M) e ajusta custos operacionais, descontando o Fator X.
Em ambos os mecanismos, despesas como compra de energia, transmissão e tributos são repassadas diretamente para o consumidor final, compondo o valor da conta de luz.
