Brasil pode voltar aos trilhos do progresso com ferrovia ligando Rondônia ao Pacífico


Projeto ambicioso prevê rota ferroviária de 4.400 km até o Peru, encurtando caminho para a Ásia e reduzindo custos logísticos

Porto Velho, RO – Durante décadas, o Brasil foi um país onde o desenvolvimento caminhava lado a lado com as ferrovias. Em estados como São Paulo, linhas como a Paulista, Sorocabana, Araraquarense e Noroeste impulsionaram o crescimento regional, oferecendo transporte mais seguro, barato e eficiente.

Em Rondônia, a lendária Estrada de Ferro Madeira-Mamoré também marcou uma era, conectando Porto Velho a Guajará-Mirim. Embora hoje esteja desativada, o sonho ferroviário na região pode estar prestes a renascer — e com proporções gigantescas.

Um megaprojeto conhecido como Corredor Bioceânico está sendo articulado para ligar o Brasil ao Oceano Pacífico, passando por Rondônia, com destino final no porto de Chancay, no Peru, que está sendo modernizado com investimento chinês. De lá, as exportações brasileiras seguiriam direto para a Ásia, especialmente para a China.

A proposta prevê uma ferrovia com 4.400 quilômetros de extensão, atravessando estados como Rio de Janeiro, Goiás e Rondônia, até a fronteira com o Peru. O projeto é liderado por um empresário que também atua como advogado e que, segundo informações, já tem acesso a fontes de financiamento para tornar a obra viável.

Com essa rota, o tempo estimado de transporte até a China poderia cair para cerca de 20 a 30 dias, reduzindo a dependência do Canal do Panamá e barateando os custos logísticos para os produtores brasileiros.

Se concretizado, esse projeto pode representar uma verdadeira revolução no transporte e nas exportações do Brasil, especialmente para o agronegócio e a indústria nacional.

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