O governador Marcos Rocha informou que ele e a comitiva do governo de Rondônia deixaram Israel e chegaram à Jordânia. A informação foi compartilhada por ele nas redes sociais na manhã desta quarta-feira (18) e confirmada pelo Itamaraty.
“Já estamos na Jordânia, em segurança”, disse o governador.
Marcos Rocha viajou para Israel, a convite do país, para participar de um evento sobre inovação em segurança pública. Segundo ele, a viagem que incluía visitas a empresas e startups, foi interrompida após o início do conflito.
O grupo de políticos que Rocha fazia parte era o último que permanecia no país desde última sexta-feira (13), quando começaram os trabalhos para retirada de brasileiros do país em conflito.
Segundo a embaixada israelense em Brasília, o grupo é formado por 28 cidadãos, entre eles uma funcionária da representação diplomática de Israel. Eles receberam autorização das Forças de Defesa de Israel para ir até a fronteira terrestre com o país vizinho, a Jordânia, onde vão embarcar em voos comerciais para o Brasil.
Os ataques recentes entre os dois países coincidiram com a viagem das duas comitivas de autoridades brasileiras a Israel.
O Ministério das Relações Exteriores mantém, desde outubro de 2023, quando se intensificaram os conflitos entre Israel e o Hamas, um alerta consular que desaconselha toda viagem não essencial ao país.
Na segunda-feira (16), o primeiro grupo formado por prefeitos e outros gestores municipais fez o mesmo trajeto e deixou Tel Aviv. Eles passaram pela Jordânia e seguiram rumo à Arábia Saudita, de onde voltaram para o Brasil.
Itamaraty monitora brasileiros em Israel
A Embaixada do Brasil em Tel Aviv está monitorando também a situação da comunidade brasileira em Israel, além de turistas que também estão no país.
De acordo com o Itamaraty, a comunidade brasileira residente em Israel é de aproximadamente 12 mil pessoas, em geral binacionais.
Interlocutores do Ministério das Relações Exteriores avaliam que, a viagem a turismo para Israel, que é um dos principais destinos para turismo religioso, também desconsidera a orientação que existe desde 2023.
Apesar do monitoramento pela Embaixada do Brasil em Tel Aviv, uma eventual operação de repatriação ainda é tida como complexa, diante do fechamento do espaço aéreo de Israel e da necessidade de um deslocamento terrestre até um país de fronteira, como a Jordânia por exemplo.
A dificuldade se dá por depender das condições de seguranças que só podem ser garantidas pelo governo de Israel.
Entretanto, o Itamaraty afirma que a situação varia a todo momento e não descarta a possibilidade de planejar uma operação de resgate de brasileiros que estão nas regiões de conflito, caso seja necessário.